Articles by Xata

  • Parenthèse pour francophones - 2

    - 27 Sep 2012
    Bribes villageoises Suite de la lettre à un ami. Sur le look du Secrétaire il y en a une très drôle. Quand il était à C... il s’est fait interpeler à un feu rouge d’une route pas très fréquentée par un homme qui lui a proposé des vestes en cuir «tombées du camion» dont il avait toutes les tailles, plusieurs modèles et coloris dans un van garé sur le bas côté ; le secrétaire, de sa grosse voix, lui dit « mais vous savez à qui vous avez affaire ? Je suis le procureur d’E... ! » Je te lais…

  • Parêntese para lusófonos - 7 ... Caíram te os anéis…

    - 29 Aug 2012 - 3 comments
    Lembro me de ti, menina Teresinha, empoleirada no muro do latifúndio, os sapatos brancos de presilha, as brancas meias, umas pernas de pele alva e uns joelhos redondos que não conheciam esfoladela aparecendo por baixo da saia arrendada do branco vestido, uma fita de cetim cor de rosa à cintura com um lindo nó nas costas, umas manchas no peitoril, sumo escorrendo pelo queixo desde a boca que mordia gulosamente num milagroso pêssego, os olhos verdes trocistas olhando para nós, mísera plateia de me…

  • Parêntese para lusófonos - 6 ... Sardinha à minha brasa

    - 03 Jul 2012 - 3 comments
    Era uma para três, esta semana ficas tu com a cabeça -mais saborosa-, tu com o meio, tu com o rabo, para a próxima troca se o turno. E tão bem que sabia no pão cozido em forno de lenha de esteva, um sabor que a Europa nos tirou: o da farinha do nosso campo… Menina da praia alugada de verão para servir no latifúndio com os tios da serra. Pesar sacos de farinha na azenha pois sabia contar sem se enganar, grandes batalhas com os filhos do moleiro, farinhas e açoites a voarem… lem…

  • Parêntese para lusófonos - 5 ... Democracia e fascismo encoberto?

    - 25 May 2012 - 2 comments
    A menina da praia, que nunca quis acreditar naquela de o povo ter sido criado por Deus para servir o bem estar dos ricos e que no além teriam a devida recompensa, lutou com o que tinha ao seu alcance contra tal fatalidade. Mas… …Que resta do latifúndio, além da recordação da fome, do chicote do feitor e da solidariedade criada pelos sonhos de alimentos proibidos? Eiras rendidas ao joio, moinhos decepados agora palacetes para pombos e morcegos, fornos frios, alfaias enferrujadas, casa…

  • Diálogo "maquiavélico" (séc. XVII)

    - 16 May 2012 - 2 comments
    Diálogo entre Colbert e Mazarino, durante o reinado de Luís XIV, extraído da peça de teatro " Le Diable Rouge ", de Antoine Rault: Colbert: Para encontrar dinheiro, há um momento em que enganar [o contribuinte] já não é possível. Eu gostaria, Senhor Superintendente, que me explicasse como é que é possível continuar a gastar quando já se está endividado até ao pescoço... Mazarino: Se se é um simples mortal, claro está, quando…

  • Histórias Alentejanas 4

    - 10 May 2012 - 4 comments
    Hoje uma amiga enviou-me isto pela net, achei excelente: A RAÇA DO ALENTEJANO É esta raça que ainda vai salvar o País. Como é um alentejano? É, assim, a modos que atravessado. Nem é bem branco, nem preto, nem castanho, nem amarelo, nem vermelho.... E também não é bem judeu, nem bem cigano. Como é que hei-de explicar? É uma mistura disto tudo com uma pinga de azeite e uma côdea de pão : - Dos amarelos , herdámos a filosofia oriental, a paciência de chinês e…

  • Cynara algarbiensis

    - 03 May 2012 - 2 comments
    Reino: Plantae Divisão: Magnoliophyta Classe: Magnoliopsida Ordem: Asterales Família: Asteraceae Género: Cynara Range : Cynara algarbiensis is endemic to the S.W. sector of the Iberian peninsula. It occurs in the Portuguese province Baixo Alentejo extending into the bordering regions of Andalucia in Spain, and in the mountainous regions of Algarve in Portugal. Habitat : fields and wastelands as well as in garrigue and thicke…

  • Punta del Moral, Ayamonte, passeo con el grupo ACAFA

    - 28 Apr 2012 - 9 comments
    En Andalucia, a la frontera con Portugal. Como soy una tia fatal me he olvidado la bateria de la camera, por lo tanto tenia todo lo demás, hasta el tripod... ...entonces he hecho un intento fotográfico con el iPhone4, no está muy mal, que os parece? En Andalousie, à la frontière avec le Portugal. Comme je suis tête en l'air j'ai oublié de remettre la batterie dans l'appareil, pourtant j'avais pris tout le reste, objectifs, trépied... ...alors j'ai fait un essai avec l'iPhone 4, pas trop…

  • Semana Santa em Ayamonte

    - 12 Apr 2012 - 2 comments
    Ayamonte - Semana Santa
    Semana Santa en Andalucía, tiempo de vivir sobre todo en la calle y también en las iglesias, las escenas de la Pasión y Muerte de Jesús. Puro arte barroco y tradición de más de tres siglos, religiosidad popular. Encuentro anual de los "hermanos" que forman cada cofradía y que ofrecen al pueblo sea llano, culto, rico o pobre, su modo de sentir el legado religioso de sus ancestros y de mostrar el patrimonio artístico que recibieron. Para algunos, tiempo de penitencia..... Texto de Mari…

  • Thapsia Garganica.

    - 27 Mar 2012 - 2 comments
    Thapsia transtagana L. Divisão Spermatophyta Subdivisão Magnoliophytina (Angiospermae) Classe Magnoliopsida Subclasse Asteridae Ordem Araliales…

  • Histórias Alentejanas 3

    - 26 Mar 2012
    O velho Alentejano e o punk com crista de galo Em pleno Baixo Alentejo, um velho Alentejano entra numa camineta da carrêra, senta-se num banco mesmo em frente a um punk de cabelos compridos, com uma crista de cabelo parecida com a de um galo e com madeixas verdes, azuis, rosa e vermelhas. O velho fica a olhar para o punk e o punk a observar o velho, ambos calados. O punk vai ficando cada vez mais nervoso, até que não aguenta mais e pergunta ao velho: - O que foi, amigo? Você nunc…

  • GYNANDRIS SISYRINCHIUM, Pé de Burro

    - 21 Mar 2012 - 2 comments
    Iris sisyrinchium L. = Gynandriris sisyrinchium (L.) Parl. Iridaceae De Janeiro a Março/Abril nas nossas pastagens, à beira das estradas e dos caminhos. Esta planta encontra se á volta do Mediterrâneo, em Portugal é frequente no Algarve e no Baixo Alentejo. De Janvier à Mars/Avril dans nos pâturages, sur le bord des routes et des chemins. On trouve cet iridacée sur le pourtout du bassin Méditerranéen, chez nous en Algarve e…

  • Histórias Alentejanas 2

    - 19 Mar 2012
    CALORI ALENTEJANO Um Alentejano faleceu e subiu ao céu. Chegou vestido de capote, chapéu, botas e cajado. O homem não era nem melhor nem pior que os outros, e Deus disse a S. Pedro que uma passagem pelo forno n.1 chegaria para abrir lhe as portas do paraíso. O nosso Alentejano entra para o forno, 35ºC, nem sequer transpira, fica quietinho... O homem anda a gozar comigo diz Deus a S. Pedro, mete o lá no forno n.2 só para ver... O nosso Alentejano entra para o forno, 40ºC, mas…

  • Histórias Alentejanas 1

    - 19 Mar 2012 - 4 comments
    FRIO ALENTEJANO..... Num dia frio de inverno em pleno Alentejo, o Joaquim chega à loja do Manuel e diz: - Bom dia, Maneli, quero uma dessas bolsas de borracha onde se deita água quente e que serve para aqueceri a cama e manter os pés quentinhos. - Que azari, Jaquim, hoje de manhãe vendi a última à Ti' Maria. - E o que é que eu faço com este frio do diabo que faz à nôte? - Fica tranquilo, eu empresto-te o mê gato. - O tê gato? - Sim, o mê gato é gordinho, e tu podes coloc…

  • Anthemis, Camomila romana

    - 28 Feb 2012 - 3 comments
    Nesta época do ano e até Junho os Anthemis são a nossa "neve". Solitários em Janeiro, acompanham se de váriadas flores ao longo desses meses compondo autênticos quadros. En fleur de Janvier à Juin les Anthemis sont notre neige qui se colore au fil des saisons avec d'aures floraisons, la nature devient un vrai tableau. From January till June Anthemis are our snow, melting with additional colours of other flowers, real paintings. Roman Chamomile Scienti…

  • Amendoeiras - Amandiers - Prunus amygdalys (dulcis ou amara)

    - 01 Feb 2012 - 5 comments
    Fim de Janeiro, época das amendoeiras em flor. Prunus amygdalys dulcis ou amara, segundo é amendoa doce ou amarga. Uma lenda reza que um príncipe árabe tinha casado com uma princesa Viking e que esta definhava com saudades da neve. Então, para comprazê-la, o príncipe mandou plantar um oceano de amendoeiras no Algarve e, quando floriram, levou a princesa ao cimo da torre mais alta do seu castelo (o de Silves?) e ela, ludibriada, ficou para sempre feliz... Em todo o caso foram os árabes que…

  • Parêntese para lusófonos - 4

    - 17 Jan 2012 - 4 comments
    Lavar roupa. Acto mecanizado, relegado a “frete”, actividade individualista que se limita em pôr na máquina, tirar da máquina de lavar para a máquina de secar num resmungar de mau grado e … … e… …quem se lembra ainda… Invernos e águas gélidas que gretavam as mãos, roupa carregada sobre a cabeça do lavadouro até casa… vida de mulheres que parece, aos olhos da dona de casa moderna, aberração medieval…de há quarenta anos apenas… No entanto dá para ter saudades, pois nem tudo era…

  • Parêntese para lusófonos - 3

    - 02 Dec 2011 - 6 comments
    A velhota e a criança. Velha e dobrada pela dor do marido perdido e na miséria por ganância de enteados, numa ilha batida pelos ventos vivendo das suas mezinhas, do que o mar que para bem aventurança do pobre não é latifúndio dá, e de alguma esmola. Embrulhinho de trapos enjeitado lhe coube como fardo, uns olhos luzentes já bem abertos sobre o mundo e uma boa disposição que nem a fome nem o incómodo alteravam. Um riso cristalino que deu ânimos à anciã, coisinha sem nome a que prenominou…

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