PhotoText / FotoTexto

STORM The Wind filled the World. There was no room for the tremendous waves' voices. The Sea was the only thing one could hear. TEMPESTADE O Vento enchia o Mundo. Mal deixava lugar para a tremenda voz das ondas. Mas era o Mar apenas que se ouvia. by Sebastião da GAMA (1924-1952), in "PELO SONHO É QUE VAMOS" (English translated by Armando TABORDA, 2007) (photo 1st edition, 2007; 2nd edition, 2016)

Days go away without writing neither life nor faith or adventure within the dominant comfort of aging without warning no fright as if it was welcomed in the context of the soul that claims indolent and unresigned the body's desires. /// Passam-se os dias sem escrita nem vida nem fé nem aventura no conforto dominante da velhice sem aviso nem sobressalto como se fosse bem-vinda no contexto da alma que reclama indolente e inconformada os desejos do corpo. by Armando TABORDA, in "POETÂNEA 5", 2006 (post 1st edition, 2016; 2nd edition, 2020; 3rd edition, 2024)

Tying bodies tenses of blood and bronze sculpture of the sperm' spill on the pedestal. /// ENLEIO Enleio dos corpos tensos de sangue e bronze escultura do sémen vertido no pedestal. by Armando TABORDA, in "PALAVRAS, MÚSICAS E BLASFÉMIAS QUE ENVELHEÇO NA CIDADE", Ulmeiro Editores, 1996 bronze sculpture, by José NÚNCIO (1938-2006) (post 1st edition, 2007; 2nd edition, 2016; 3rd edition, 2020)

Portuguese Sea Oh salty sea, how much of your salt are tears from Portugal! Because we cross you how many mothers cryed, how many children prayed in vain! How many brides remained unmarried in order you were ours, oh sea! ........................................................................................ (In "Mensagem", Fernando Pessoa)

I have nothing of mine unless everything this everything-nothing that isn' t mine neither yours nor from nobody else known. /// Não tenho nada de meu a não ser isto tudo o tudo-nada que não é meu nem teu nem de ninguém que se saiba by Armando TABORDA, in "SINFONIA EM DOR MENOR", Edição Escola de Mar, 2007 (photo 1st edition, 2007; 2nd edition, 2016; 3rd edition, 2019)

Watch the sea feel the sunburn and the sand's tenderness look after the horizon your meaningful time is a lost cry inside the shell while the wind rests on the ridge's movement and the rocks challenge the future. by Armando Taborda, in "Para lá da Superfície / Beyond the Surface", Edição Escola de Mar, 2006 (1st edition, 2007; 2nd edition, 2016; 3rd edition, 2018)

I come from a country full of light that conceals the miseries of life and mysteries of existence under mirrors of salt and shine dissolved by the sea. /// Sou de um pais cheio de luz que esconde as misérias da vida e os mistérios da existência sob espelhos de sal e brilho que o mar dissolve. by Armando TABORDA, in "PALAVRAS QUE AS MARÉS APAGAM", Edição Escola de Mar, 2014 (post 1st edition, 2008; 2nd edition, 2016; 3rd edition, 2017; 4th edition, 2019)

The nothing happens exactly in the moment I fall asleep. /// O nada acontece exactamente no momento em que adormeço. by Armando TABORDA, in "Sinfonia em Dor Menor", Edição da Escola de Mar, 2007 (post 1st edition, 2007; 2nd edition, 2016; 3rd edition, 2017; 4th edition, 2020)

Si j'ai du goût, ce n'est guère Que pour la terre et les pierres. Je déjeune toujours d'air, De roc, de charbons, de fer. .......................................................... by Rimbaud, in "Une saison en enfer"

Today it's impossible to stop the rehearsal of the "Clouds Symphony Orchestra" conducted by a filthy and naked director / tree with open arms against the horizon. Originated by blasts of wind some dissonances are listen but the audience behaviour remains cool and silent. Today's sounds rain upon our heads while the orchestra / tempest pushed by the wind looks for another destiny. /// Hoje é impossível parar o ensaio da "Orquestra Sinfónica das Nuvens" dirigida por um maestro / árvore esquálido e nu de braços abertos contra o horizonte. Ouvem-se algumas dissonâncias provocadas por rajadas de vento mas o comportamento do auditório mantém-se calmo e silencioso. Hoje chovem sons sobre nossas cabeças enquanto a orquestra / tempestade empurrada pelo vento procura um novo destino. by Armando TABORDA, in "PALAVRAS QUE AS MARÉS APAGAM", Edição Escola de Mar, 2014 (1st edition, 2008; 2nd edition, 2016; 3rd edition, 2018)

In our quarter's garden weeds grow among flowers and invade the bandstand where our discontentment is out of tune. /// No jardim do nosso bairro ervas daninhas medram entre flores e invadem o coreto onde desafina a banda do nosso descontentamento. by Armando TABORDA, in "SINFONIA EM DOR MENOR", Edição Escola de Mar, 2007 (1st edition, 2008; 2nd edition, 2017)

L'ange est arrivé et ma dit au ouïe que j'ai des ailes comme lui mais que mes convictions sont faibles et pourtant je suis un ange dubitatif comme lui. by Armando Taborda

SWAMP By the sun that warms them get in fire stagnant waters. /// PÂNTANO Pelo sol que as aquece incendeiam-se estagnadas águas. by Armando TABORDA, in "PALAVRAS, MÚSICAS E BLASFÉMIAS QUE ENCELHEÇO NA CIDADE", Ulmeiro Editores, 1996 (photo 1st edition, 2008; 2nd edition, 2016)

"I LOVE ALL WASTE AND SOLITARY PLACES; WHERE WE TASTE THE PLEASURE OF BELIEVING WHAT WE SEE IS BOUNDLESS, AS WE WISH OUR SOULS TO BE... by Percy Bysshe SHELLEY, in "Julian and Maddalo" (1st edition, 2007; 2nd edition, 2017)

Jailed in the 4th floor right side the poet releases thoughts going down by lift fat seagulls get out pecking dreams in the street gutters. /// Enjaulado no 4º andar direito o poeta liberta pensamentos que descem no elevador e saem gaivotas gordas a debicar sonhos nas valetas da rua. by Armando TABORDA, in "SONHOGRAFIAS", Universitária Editora, 2000 (post 1st edition, 2008; 2nd edition, 2016; 3rd edition, 2021)

The water while running is never the same but the following water seems like the other. /// L'eau jamais se répète pendant qui coule mais l'eau qui la poursuivre semble égal à l'autre. /// A água não se repete enquanto corre mas a água que a persegue parece igual à outra. by Armando TABORDA, In "SINFONIA EM DOR MENOR", Edição Escola de Mar, 2007 (1st edition, 2009; 2nd edition, 2016; 3rd edition, 2018)

photography taken from Internet ********************************** I hate the sphere that reminds me the atom the planet the sun the universe I only want to sleep in the segment of straight line I know and impales me. /// Je hais la sphère qui me rappele l'atome la planète le soleil l'univers je veux simplement endormir dans le morceau de segment de ligne que je connais et qui m'empale. /// Odeio a esfera que me lembra o átomo o planeta o sol o universo quero simplesmente adormecer no pedaço de segmento de recta que conheço e me empala. by Armando TABORDA, in "PALAVRAS, MÚSICAS E BLASFÉMIAS QUE ENVELHEÇO NA CIDADE", Ulmeiro Editores, 1996 (post 1st edition, 2009; 2nd edition, 2016; 3rd edition, 2017; 4th edition 2020)

The universe is perverse feeds the mystery of life and stuffs itself with stars nothing adding to Man's inventions to give life to death in the eternity of God. /// L'univers est pervers alimente le mystère qui fait la vie et se remplit d'astres qui ajoutent rien au qui l'Homme invente pour donner vie à la mort dans l'éternité de Dieu. /// O universo é perverso alimenta o mistério de que a vida é feita e enche-se de astros que nada acrescentam ao que o Homem inventa para dar vida à morte na eternidade de Deus. by Armando TABORDA, in "Palavras, Músicas e Blasfémias que Envelheço na Cidade", Ulmeiro Editores, 1996 (photography taken from Internet; edited by Armando TABORDA) (photo 1st edition, 2009; 2nd edition, 2016; 3rd edition 2018; 4th edition, 2024)